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por Isabel Fleck

Perfil Isabel Fleck é correspondente em Nova York

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EUA acordam para a Copa e vivem 'febre' de Brasil

Por nyposts
23/06/14 11:39

“Ainda não é o fim para os americanos”, “o time dos EUA ainda vive”: foi nesse clima que os EUA acordaram hoje, demonstrando uma empolgação com a Copa do Mundo que até agora não tinha sido vista por essas bandas.

Hoje, os principais jornais do país trazem os cálculos de como o time americano ainda pode ir para as oitavas de final e as redes de TV mostram comentaristas ainda sob o efeito da vitória “roubada” por Portugal no último minuto de jogo neste domingo.

É como se a partida de ontem tivesse finalmente alertado os americanos: “Hey, guys, it’s World Cup!”

Em Nova York, ainda não se vê bandeiras americanas nas ruas (e nem sei se eles chegarão a este ponto), mas no domingo teve torcida animada pelos pubs da cidade e, durante todo o fim de semana, a loja de esportes da esquina exibiu um movimento de torcedores em busca da camiseta de seu time –muitos deles, americanos.

Mas se a animação com a Copa começou a chegar agora, o fascínio e a curiosidade com o Brasil já vêm há alguns meses. E não falo sobre as reportagens do “New York Times”, sempre acompanhadas e compartilhadas no Facebook pelos brasileiros.

Por aqui, o Brasil virou moda– algo que vai além das Havaianas, que já circulavam por aqui à exaustão em outros verões. Em fevereiro, me surpreendi ao ver o nome de um novo esmalte vermelho da marca americana OPI, uma das maiores do ramo: “Red Hot Rio”. Ao lado, tinha o nude “Don’t Bossa Nova Me Around” e o rosa “Kiss Me, I’m Brazilian”. Descobri que se tratava de uma linha inteira “dedicada” ao país: “AmazON AmazOFF”, “I Sao Paulo Over There”, “I Just Can’t Cope-Acabana” e por aí vai. Era a euforia com o anfitrião da Copa chegando.

Agora, dando uma volta pelo bairro, é possível ser recebido por um Pelé em tamanho real (ou quase, acho) na rede de sanduíches Subway, comprar uma pipoca gourmet “Brazilian Samba” (de caramelo), ouvir boa parte do CD com músicas brasileiras vendido no Starbucks enquanto espera na fila do café ou adquirir um kit inteiro de maquiagem da Sephora (coleção “Escape to Rio”), que promete te dar o bronzeado de um fim de semana em Ipanema.

Ah, e é claro: comprar a camiseta oficial do time brasileiro, que custa em torno de US$ 90. No último sábado, um garotinho francês apontou para a camiseta amarela na mesma loja de esportes da região. “Mas aquela é do Brasil”, disse o pai. O menino ficou chateado, queria aquela. Até onde pude acompanhar, o pai não cedeu – foi de azul francesa mesmo.

Na TV, também me causou estranhamento, no começo, quando as propagandas começaram a aparecer em português. Primeiro foi da marca de licor Southern Comfort, com o sucesso de 1983 “Estrelar”, de Marcos Valle.

 

Depois, a Dish Network, de TV paga, veio com a modelo Clarisse Neves, à la rainha de bateria, para convidar o telespectador a assistir ao “jogo bonito” — que é como os americanos se referem ao futebol bem jogado. Na semana passada, veio a Pepsico com uma propaganda da batatinha Lay’s e da Pepsi que traz Messi ao som de… “Tchê Tchê Rerê”, do Gusttavo Lima.

É possível até reclamar das escolhas, dos estereótipos, da mulher de biquíni (bem comportado até) na propaganda. Mas enquanto os americanos forem recebidos no Brasil com samba e sertanejo universitário e o Carnaval seguir sendo o principal chamariz para os turistas por aqui, acho mesmo difícil que se espere outra coisa na TV americana.

Nos museus e galerias de Nova York, é possível ver o Brasil que vai além do samba, com exposições de artistas como Lygia Clark (MoMA), Caio Reisewitz (ICP), Tunga e Lenora de Barros (Pioneer Works). O que, para mim, não só demonstra o reconhecimento pela obra individual de cada um deles, como também reforça o interesse cada vez maior por tudo o que venha com o selo do país.

Veja abaixo os outros vídeos:

 

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Brasileiros 'driblam' NY para assistir estreia da seleção

Por nyposts
12/06/14 22:13

O brasileiro Sergio Waldeck, diretor financeiro no Federal Reserve (Fed o banco central americano) em Nova York, levou nesta quinta-feira (12) a camiseta da seleção brasileira para Wall Street.

Pouco antes das 16h (17h no Brasil), Waldeck, que nunca sai do trabalho antes das 18h30, deixou o escritório rumo a um pub próximo, onde se encontrou com cerca de outros 30 executivos brasileiros, para assistir à estreia do Brasil na Copa.

“Todo mundo sabe que sou brasileiro”, disse, assegurando que não causou estranhamento entre os colegas, que seguiram o ritmo normal nesta quinta. “O dia foi um pouquinho corrido, mas vou tentar fazer isso nos próximos jogos do Brasil. Quero assistir ao máximo que eu puder.”

Waldeck, inclusive, já está com passagens compradas para o Brasil para assistir à disputa do terceiro lugar, daqui a um mês.

Assim como o executivo, a grande maioria dos brasileiros que vivem ou estão de passagem por Nova York arrumou um jeito de alterar a rotina de trabalho na cidade que parecia ignorar o início do mundial.

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Brasileiros comemoram terceiro gol da seleção em restaurante na “Little Brazil”, em Nova York (Isabel Fleck/Folhapress)

Sérgio Martin, vice-presidente da seguradora AIG usou o horário de almoço para poder assistir ao jogo. “Se Deus quiser, vamos para a final”, disse.

Os brasileiros se organizaram para assistir o jogo em pubs ou restaurantes brasileiros na Rua 46, no trecho conhecido como “little Brazil”, mas não houve festa de rua.

“Quando entrei no metrô, hoje cedo, fiquei emocionada, pensando como estariam os jogadores, pouco antes da estreia. Passei metade da minha vida aqui, mas me emocionou”, disse Shana Claudio, 32, que vive nos EUA desde os 16 anos.

Apesar da empolgação, ela e o marido, o americano Ken Andrews, 34, escolheram o Reino Unido para assistir à final.

“É um país que também gosta muito de futebol. Ir para o Brasil estava caro e fiquei com medo da confusão”, disse.

Vestindo a camiseta com o número do Neymar –comprada pela mulher horas antes do jogo–, Andrews revelou ter “adotado” o time brasileiro. “Eu amo a América, mas não dá. Não vai ser esse ano”, disse.

O empresário Wilson Silver, que está há 26 anos nos EUA, assistiu com apreensão o primeiro tempo num restaurante de “Little Brazil”. “Estava meio apertado, mas acho que o Brasil jogou bem”, afirmou, ao final. Mesmo assim, ele vê com cautela a possibilidade do hexa para o Brasil. “Tem outros três times muito fortes: Alemanha, Espanha e Argentina. Vai ser difícil.”

Mas teve quem deixou para assistir ao jogo na última hora e ficou de fora das festas fechadas. “Estava fazendo um trabalho até agora. Vim para cá com a esperança de ver o segundo tempo”, disse a estudante Vanessa Pessoa, 27, que mora em Nevada e tentava acompanhar o jogo da janela de um dos restaurantes lotados.

Para Bruno Cardoso, gerente do Emporium Brasil, um desses restaurantes, no entanto, o jogo não poderia ter sido melhor. Com a casa — que tem lotação de 130 pessoas — cheia, Cardoso assegurava: “nós vamos para a final, e vamos ganhar”. “O Neymar, esse menino, é bom demais. Ele é o novo Pelé.”

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O melhor lugar do mundo para assistir à Copa é... Nova York?

Por nyposts
11/06/14 14:54

Nova-iorquinos e alguns jornais locais juram que sim. O “New York Times”, com um bairrismo menos explícito, defende que Nova York é o segundo melhor lugar do mundo para assistir à Copa, atrás do Brasil. Ufa.

O argumento é que Nova York seja talvez a cidade do mundo que mais concentre torcedores de todas as equipes que disputarão o torneio. E só a grande massa de turistas e imigrantes sustentaria mesmo a afirmação, já que, entre os americanos, a Copa não é lá tão popular assim: uma pesquisa Washington Post/ABC divulgada na semana passada mostrou que, entre eles, menos de dois terços (28%) planejam assistir aos jogos.

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Pub em East Village foi decorado com as bandeiras dos EUA e do Brasil. Por lá, vão ser transmitidos todos os jogos da Copa (Isabel Fleck/Folhapress)

“A paixão pelo futebol é grande em Nova York, entre os torcedores de Ghana no Bronx, que esperam outra vitória sobre o time dos EUA; entre os japoneses leais em um lounge discreto de Kips Bay; e entre os 900 bósnios de Astoria que se preparam para a primeira ‘Svjetski Kup’ de seu país”, enumera a reportagem do “NYT”.

Pois arrisco dizer que ela é maior ainda entre os brasileiros de Newark, Astoria e os que vão se encontrar nos restaurantes da Rua 46, a “Little Brazil”, nesta quinta-feira.

A grande maioria dos pubs em Nova York está prometendo transmissão dos jogos. Se você procurar bem na cidade, encontrará um lugar em que poderá comemorar com os seus, sem correr o risco de invadir o terreno da torcida rival.

Para ajudar os leitores e compatriotas, fiz uma compilação dos locais que torcedores brasileiros que moram por aqui indicaram. Na maioria deles, há promessa de telão, caipirinha e samba. Recomendo, porém, que você ligue antes para informações sobre lotação da casa.

O restaurante brasileiro Via Brasil, por exemplo, que fica na Rua 46 e tem espaço para 85 pessoas, já está com a lotação esgotada para o jogo de estreia. “Se a gente tivesse espaço para 500, não dava para atender todo mundo, diz o gerente, Dante Bonifácio.

O mesmo ocorre no vizinho Emporium Brasil, que já não está aceitando mais pedidos de reserva até o jogo do Brasil com o México, na próxima terça (17). “Já tem cliente revoltado por não ter conseguido”, diz o gerente, Bruno Cardoso.

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Dante Bonifácio, gerente do restaurante Via Brasil, na Rua 46, espera a casa cheia em todos os jogos da seleção (Isabel Fleck/Folhapress)

Mas não se desespere: ainda há lugar disponível por Nova York para esta quinta (alguns) e os próximos jogos. Então pegue sua camiseta da seleção –se esqueceu no Brasil, pode comprar em qualquer loja de esportes por aqui por cerca de US$ 90 (R$ 200)—, a bandeira –se também não trouxe a sua, já vi umas opções por US$ 10 em algumas lojas de souvenirs ou desembolse US$ 25 (cerca de R$ 56) pela oficial da Fifa— e escolha:

 

Little Brazil
Uma parte da torcida brasileira deve se reunir nos restaurantes brasileiros entre a 5a e a 6a avenidas da Rua 46, trecho colado na Times Square conhecido como “Little Brazil”. Não haverá telão na rua, só nos restaurantes, que estão com a lotação esgotada para a abertura. Há uma expectativa que a rua possa ser fechada se o Brasil for para a final.

Rockefeller Center (Summer Garden & Bar)
No pátio de um dos principais pontos turísticos da cidade (onde é instalada a pista de patinação e a árvore de Natal do Rockefeller no inverno), esse bar vai instalar seis telões para se tornar o “QG” da Copa em Manhattan. Mas fica o aviso: é para todas as torcidas
5th Av, 49th St. – 50th St.
Midtown Manhattan
212 332 7620

 

AOA Bar & Grill (terá uma festa, com US$ 16 de consumação mínima)
aoabarandgrill.com
35 Avenue of The Americas
Tribeca
212 925 1600

BarBossa
232 Elizabeth St.
Nolita
212 625 2340

Beco
becobar.com
45 Richardson St.
Williamsburg
718 599 1645

Berry Park
berryparkbk.com
4 Berry St.
Brooklyn
718-782-2829

Botequim Pop-Up (consumação de US$ 25)
onefivehospitality.com/restaurants/botequim
132 Fourth Ave.
Hyatt Union Square
212 432 1324

Brazilia Cafe
braziliacafe-nyc.com
684 Broadway
Greenwich Village
212 858 0732

Felix Restaurant
felixnyc.com
340 West Broadway
Soho
212 431 0021

Miss Favela
missfavela.com
57 S 5th St.
Brooklyn
718 230 4040

Studio Square
studiosquarenyc.com
35-33 36th Street
Astoria
718 383 1001

Se quiser arriscar e torcer com as outras torcidas, o “NYT” fez essa compilação. É só escolher o país.

No entanto, se você preferir mesmo o conforto e a calma do seu quarto de hotel, após um dia de compras e turismo, veja aqui em que canais todos os jogos da Copa serão transmitidos nos EUA.

 

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E se Obama se mudasse para NY?

Por nyposts
03/06/14 23:12

Como se Nova York precisasse disso, a notícia divulgada pelo site “Politico” de que Obama considera se mudar para cá após sair da Casa Branca, em 2017, estufou o peito dos nova-iorquinos e criou alvoroço entre os jornais locais.

Segundo a reportagem, apesar das “raízes” de Obama em Chicago e no Havaí, o presidente “ama a cidade e o anonimato que ela pode oferecer”.

Mas onde viveria? O que faria aqui? Onde as meninas estudariam?

Não se passou nem bem dois dias desde a publicação da notícia e Obama já tem dicas e mais dicas de corretores e moradores –se quiser aproveitar.

Barbara Quintero, corretora da Aizer Realty Group, sugere, em entrevista para o tablóide “am New York”, reformar uma “townhouse” (as típicas casas geminadas de NY) em Morningside Heights –onde fica a Universidade Columbia.

“Esse tipo de propriedade você pode realmente transformar em uma casa muito bonita”, disse.

O jornalista Joe Coscarelli, da revista “New York”, no entanto, arrisca um outro palpite para a família Obama: “O que eles precisam é de espaço. O que eles precisam é o Brooklyn (eles têm CVS lá)”.

“Imagine: uma brownstone [casa geminada, revestida de arenito marrom] de três andares, com pé direito alto, um escritório privado para o presidente escrever, um jardim para Michelle, um parque próximo para Boo e Sunny [os dois cães da família]”, diz Coscarelli.

Parece que o Brooklyn tem lá seu apelo com Obama. Em 2013, ao passar pelo bairro, disse: “Quando vivi aqui, o Brooklyn era ‘cool’, mas não tão ‘cool’”.

Sim, para quem não sabia ou não se lembrava: Obama já viveu por aqui. Por quatro anos (entre 1981 e 1984), período em que se formou em ciência política com especialização em relações internacionais na Columbia.

Nessa época, teria morado em dois lugares: um apartamento em Yorkville (nordeste de Upper East Side), na rua 94, entre a 1a e a 2a avenidas; e outro em Upper West, na rua 109, perto do campus da universidade.

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O prédio em Yorkville onde Obama morou na década de 80, em Nova York (Crédito: Google Street View)

 

Segundo o próprio Obama, em sua biografia “A Origem dos Meus Sonhos”, o primeiro apartamento ficava num “bloco pouco convidativo” na “instável fronteira entre o East Harlem e o resto de Manhattan”.

“O apartamento era pequeno, com pisos incertos, aquecimento irregular e uma campainha no andar de baixo que não funcionava –então os visitantes tinham que ligar do telefone público do posto de gasolina da esquina, onde um dobermann preto do tamanho de um lobo passava a noite em vigília, suas mandíbulas mordendo uma garrafa de cerveja vazia”, lembra Obama.

Enquanto morava por lá, conta, um vizinho morreu no terceiro andar do prédio, deixando US$ 1.000 em notas pequenas enroladas no congelador.

Se optar por Nova York em 2017, Obama teria uma experiência “um pouco” diferente da cidade. Mas terá outras dificuldades, se quiser morar, por exemplo, num condomínio de luxo.

Em 1979, outro ex-presidente, Richard Nixon, teve que cancelar o contrato de uma penthouse (apartamento na cobertura) na Madison Avenue com a rua 72, por oposição dos moradores.

O escândalo Watergate possivelmente pesou na recusa dos possíveis futuros vizinhos, mas a justificativa primeira foi a privacidade do condomínio.

Jane Maynard, uma moradora do prédio, disse ao “New York Times” na época (agosto de 1979) que Nixon era “muito controverso”.

“Há um número enorme de pessoas que o odeiam, e eu acho que isso poderia mudar o ambiente do prédio se ele vivesse aqui. Iria ter notícia, pessoas e curiosidade cercando o local, possíveis ameaças de bomba e homens do Serviço Secreto”, afirmou.

“Imagine o que aconteceria se o Xá do Irã viesse visitá-lo.”

Bem, esse temor os possíveis futuros vizinhos de Obama não precisarão ter.

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Nova York e um problema silencioso

Por nyposts
30/05/14 13:36

Difícil estar em Nova York e não se sentir um pouco Elena, a atriz que chegou, aos 20 anos, sozinha e cheia de sonhos nesta cidade tão fascinante quanto opressora.

Ao assistir o filme homônimo, feito por sua irmã, Petra Costa, você encontra tudo lá: as luzes, os carros, as sirenes, o mar de gente que te atropela. A solidão em meio à multidão. Nada tão diferente de outras grandes cidades pelo mundo, mas nada tão Nova York.

A primeira válvula de escape de Elena foi uma espécie de diário gravado: mensagens de voz para enviar à família no Brasil. Nelas, ficaram registrados momentos de certeza e outros de total confusão, lampejos de euforia com a cidade e desabafos de dias bem ruins.

Elena, tão jovem, não aguentaria, meses depois, a montanha-russa de sentimentos e a cobrança extrema, sua e dos outros. E o desfecho dessa história, infelizmente, está longe de ser uma exceção.

Os últimos dados sobre suicídio na cidade mostram que os casos superam os de homicídio. A média de 475 mortes desse tipo por ano é maior que os cerca de 400 assassinatos registrados em 2012 em Nova York. Em todo o país, 40.000 suicídios foram registrados em 2013.

Proporcionalmente à população, o índice de NY não é tão superior ao de outras metrópoles, como São Paulo: cerca de 6 por cada 100.000 habitantes, contra 5,4 (segundo dados de pesquisa da USP publicada em 2012).

Isso, contudo, não deixa os números daqui menos assustadores. O problema existe, é silencioso e agravado pela solidão de quem vem tentar a vida na cidade –seja na Broadway, em Wall Street ou no mercado da esquina.

Seria leviano –e, obviamente, incorreto– afirmar que Nova York determina tal destino, mas ela certamente se encarrega de garantir que o caminho do “sucesso” tenha um número suficiente de obstáculos.

Para Petra, Nova York teve sim o seu peso no processo doloroso pelo qual passou a irmã. Tanto que, nos painéis de debate que seguirão a estreia de “Elena” (leia a matéria aqui), nesta sexta-feira (30), na cidade, promoverá um sobre “Solidão na Nova York delirante”, no dia 4, no IFC, com a participação de Affonso Gonçalves, da equipe de “Indomável Sonhadora”.

“É uma cidade que ou você consegue, ou a sua autoestima se destrói”, disse. “Você se sente, como artista, facilmente descartável aqui, porque tudo já tem muito.”

O ator e cineasta Tim Robbins, de “Sobre Meninos e Lobos”, hoje produtor-executivo do “Elena” nos EUA, também não superou a cidade tão facilmente no começo.

“Eu lembro de me sentir ‘menos que zero’ em Nova York”, diz, no vídeo de divulgação do filme. “Quando você é um artista e abre sua alma e o seu coração, se desnuda perante as pessoas, [NY] é um lugar muito sensível para se estar.”

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Americanos precisam trabalhar menos para completar álbum da Copa

Por nyposts
25/05/14 11:40

Quem já completou o álbum de figurinhas da Copa talvez prefira não fazer os cálculos de quanto gastou na brincadeira. Ou talvez já fez as contas e não queira discutir isso com ninguém.

Uma coisa, no entanto, é certa: os colecionadores no Brasil precisaram trabalhar quase três vezes mais para atingir essa meta do que seu pares –certamente menos numerosos— nos EUA.

Por aqui, o álbum sai por US$ 2 e cada pacote de figurinhas, US$ 1. No Brasil, os valores são, respectivamente, R$ 5,90 e R$ 1.

Considerando impostos (aqui, no caso, de Nova York) e número de figurinhas no pacote (no Brasil são cinco, nos EUA, sete), cada colecionador não gastaria menos de US$ 99,36 (cerca de R$ 220), em Nova York, e de R$ 128, no Brasil, para conseguir todas as 640 figurinhas.

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Álbuns e pacotes de figurinhas à venda numa loja de Nova York (Isabel Fleck/Folhapress)

Pelo câmbio, parece até mais vantajoso fechar o álbum no Brasil –e, de fato, não faria sentido algum um turista que ganha em real voltar com sua coleção daqui.

Quem mora nos EUA, contudo, sai na vantagem: enquanto um trabalhador que recebe um salário mínimo no Brasil precisaria trabalhar, pelo menos, 39 horas para completar o álbum, por aqui, um trabalhador em igual condição teria que trabalhar 14 horas.

Apesar da “vantagem”, a procura nos EUA está longe de repetir a febre vista no Brasil. Segundo a Panini America, 75 mil estabelecimentos estão vendendo as figurinhas em todo o país, entre eles farmácias (Walgreens), supermercados (Wal-Mart, Target), e lojas de esportes. Os vendedores, porém, não se empolgam ao serem perguntados se o produto está saindo bem.

Por aqui, é possível, ainda, encontrar com facilidade um produto que não se viu no Brasil: os “trading cards” da Copa, aqueles cartões em papel duro, com a ficha técnica de times e jogadores atrás. São 201 cartas para colecionar. Um pacote com 20 custava US$ 19,90 (cerca de R$ 44) em uma das lojas consultadas.

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“Trading cards” da Copa vendidos nos EUA (Isabel Fleck/Folhapress)

Segundo o “Wall Street Journal”, a rede Modell’s, que vende produtos esportivos, promoveu num “sábado recente” um dia de trocas de figurinhas do álbum na sua loja da Times Square. Compareceram cerca de 40 colecionadores –a maioria deles, latinos.

O mexicano Carlos Baez, 35, funcionário de um restaurante em Manhattan, foi o primeiro a completar o álbum entre os presentes e disse ter gasto US$ 190 (cerca de R$ 418), no total, segundo o “WSJ”. Baez contou que sua mulher não gostou muito do tempo gasto por ele para procurar as figurinhas e cuidar do álbum. Queria mais atenção para ela.

“Eu disse para ela que viria trocar as figurinhas aqui, e ela não gostou muito. Mas ela agora vai ficar feliz porque eu finalmente completei”, disse Baez ao jornal.

Valores à parte, a rotina dos colecionadores dos dois países não parece tão distante assim.

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O olhar brasileiro sobre o Museu do 11 de Setembro

Por Folha
19/05/14 17:06

O Museu Nacional da Memória do 11 de Setembro, que abre as portas ao público na próxima quarta-feira (21), no local onde ficavam as Torres Gêmeas, teve um olhar brasileiro na sua concepção.

A arquiteta Anna Dietzsch, do escritório Davis Brody Bond, fez parte da pequena equipe –formada por ela, um americano, um libanês e um alemão– responsável pelo design inicial do projeto, entre 2004 e 2005.

Foi a sua equipe que criou a rampa que conduz o visitante na descida até o que era a base das duas torres –um dos elementos mais importantes do toda a composição do novo espaço.

Veja fotos

Para ela, participar do projeto exigiu um “exercício de humildade”, já que havia mais de 20 agências públicas envolvidas, além dos familiares das 2.983 vítimas (2.977 dos ataques de 2001, seis do atentado de 1993) e do restante do país, que sempre se sentiram no direito de opinar sobre todas as decisões.

“Acho que isso que é democracia. Todo mundo tem o direito de dar a sua opinião. Você pode até achar que ela é ruim, mas ela não se elimina”, disse.

Confira abaixo os trechos da conversa da reportagem com ela. E leia aqui  a reportagem sobre o museu.

CONCEITO

“O grande desafio foi primeiro na conceituação do que seria este memorial e o museu. Aqui estamos contando uma história de memória através do próprio lugar, então é muito importante considerar a questão do sítio arqueológico, da memória e da emoção –que foram os três tópicos com que a gente trabalhou mais. Nesse sentido, trabalhamos muito com memória cultural, que é a capacidade ou a tendência de associar coisas a eventos.”

FATOR HUMANO

“A gente tinha muitas reuniões que as famílias também participavam, e eram reuniões muito difíceis, com muita emoção. Aquelas pessoas estavam ainda lidando com uma perda, inclusive sem ter o fechamento de um ciclo. Foram mais de 2.000 pessoas que sequer tiveram um enterro.

Do projeto do memorial, eu fiquei até mais afastada, e eu não quis fazer o desenvolvimento em si do museu, porque para mim, era tudo muito difícil. Algumas famílias foram inclusive contra o museu no começo.

Acho que foi um ato de coragem ter feito o museu. Se não tivesse esse lugar, daqui a cem anos, as pessoas não iriam ter esse testemunho.”

PROCESSO DEMOCRÁTICO

“Foi um pouco frustrante no começo, vendo as brigas e que cada um tinha uma vontade política e um ideal. Me choquei ao ver pessoas com interesses muito pequenos, muito pessoais, porque achei que a gente estava lidando com algo maior. A sensação que eu tinha era que a nossa grandiosa história é feita de um monte de briguinhas.

Mas quando eu voltei, no ano passado, e o museu estava ganhando forma, eu pensei: bom, acho que isso que é democracia. Todo mundo tem o direito de dar a sua opinião. Você pode achar que ela é ruim, mas ela não se elimina. Juntas, as opiniões resultam num consenso, que talvez não seja o ideal pra ninguém –mas que é uma lição de humildade.”

DESIGN

“Para mim, o design do museu é mais forte do que a exposição em si. A gente sempre trabalhou muito com essa questão da memória, e a exposição já é uma coisa mais narrativa. Tentamos colocar aquela rampa como um objeto solto no espaço, para dar esse tempo e essa possibilidade de a pessoa descer e rememorar e tentar entender o que foi aquilo e o que significou para ela, mesmo que não haja respostas para tudo.”

DIFICULDADES TÉCNICAS

“[O desenvolvimento inicial] foi complexo, porque tem linhas de metrô, de trem, a subestação de energia de parte de ‘Downtown’ continua ali. O World Trade Center foi construído, originalmente, como um hub de transporte.  Parte do buraco onde está o museu é ocupado por essa subestação, que é enorme.

E a gente teve muita discussão com a equipe de segurança. Eles queriam cobrir tudo, fazer daquilo um ‘bunker’. Então a gente queria deixar o slurry wall (parede de contenção, que é um dos pontos altos do museu, com a altura de seis andares) todo aberto, mas teve que tapar quase ele todo com um muro externo.”

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As descobertas de Whitman e Beauvoir em Nova York

Por nyposts
03/05/14 18:34

A minha melhor aquisição desde que cheguei a Nova York é, sem dúvida, uma compilação de diários de quem morou ou passou pela cidade nos últimos quatro séculos (1609 a 2009, mais especificamente).

“New York Diaries”, editado por Teresa Carpenter, que teve a sua primeira edição lançada em 2012, traz, dia a dia, as anotações de gente como George Washington, Mark Twain e Albert Camus, e também de blogueiros de Nova York, atletas e moradores mais “comuns” sobre a rotina na cidade, sobre algo extraordinário que aconteceu naquele dia ou simplesmente divagações.

Às vezes, a leitura é apenas curiosa. Mas ela também traz pérolas, como os textos escritos por Walt Whitman e Simone de Beauvoir em 3 de maio. Ele, em 1847. Ela, em 1947.

A “dobradinha” do dia traz descobertas feitas pelos dois, com um século de diferença.

Aos 27 anos, Whitman, o pai da poesia moderna norte-americana, discorreu sobre os “benefícios dos banhos regulares”, numa clara tentativa de convencer seus pares em Nova York da necessidade da prática diária.

“As pessoas não imaginam nem a metade dos benefícios dos banhos regulares”, disse Whitman, para quem essa prática já deveria fazer parte da vida de “todo homem, mulher e criança deste país”, no meio do século 19.

“Nada mais é necessário para o banho, exceto uma jarra de água, uma esponja e uma toalha; usando isso diariamente, você vai se sentir melhor e viver mais”, escreveu.

No texto, ele defende o banho frio, seja no verão ou no inverno, para pessoas saudáveis. “[Mas] Para aqueles a quem o banho é uma novidade, a água morna é a melhor opção – a ser gradualmente substituída pela água a uma temperatura normal.”

O BASEADO DE BEAUVOIR

A descrição de Simone de Beauvoir é um pouco mais detalhada, e a “descoberta”, mais ousada.

“Em como todas as grandes cidades, as pessoas usam muita droga em Nova York. Cocaína, ópio e heroína têm uma clientela especializada, mas há um estimulante suave que é comumente usado, apesar de também ser ilegal –a marijuana”, começou a escritora, que, aos 39 anos, passou pela cidade durante a temporada de quatro meses em que rodou os EUA, em 1947.

E seguiu: “Em quase todos os lugares, especialmente no Harlem (sua situação econômica leva muitos negros ao tráfico ilegal de drogas), cigarros de maconha são vendidos disfarçadamente.  Os músicos de jazz que precisam manter um alto nível de intensidade pela noite a utilizam”.

“Ainda não foi descoberto nenhum problema fisiológico decorrente dela, o efeito é quase como o da Benzedrina, e essa substância parece ser menos prejudicial que o álcool”, descreveu ela, demonstrando que os argumentos se mantêm praticamente os mesmos mais de 60 anos depois.

No diário, a parisiense disse estar menos interessada em experimentar a maconha do que em estar num lugar onde ela estivesse sendo fumada. Com isso, foi levada por um amigo a um luxuoso hotel de Manhattan, onde um grupo fumava escondido em um quarto.

“Eles me oferecem um primeiro cigarro: o gosto é amargo, desagradável. Não sinto nada.” Cada cigarro, segundo ela, custava US$ 1. Tentou mais um. “Eu fiz o meu melhor, e nada. Eles me dizem: ‘Levanta e dá uma volta’. (…) Parece que eu deveria sentir como se estivesse sendo carregada por anjos: os outros me dizem que estão flutuando.”

Se sentindo visivelmente pressionada e frustrada, ela decidiu tentar uma última vez. “Todos olhos estão voltados para mim, e são críticos e severos. Eu me sinto culpada e minha garganta está ardendo. Nenhum anjo parece se importar em me levantar do chão. Eu não devo mesmo ser suscetível à maconha. Volto à minha garrafa de bourbon.”

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Aluga-se guarda-chuva em NY

Por nyposts
30/04/14 10:14

Depois da neve, vem a chuva. E os novaiorquinos já reclamam das previsões de seguidos dias cinzentos neste início de maio. Chuva acompanhada de frio e vento forte, que ameaça virar oito em cada dez guarda-chuvas circulando pela cidade.

Pensando nisso e na total impaciência dos moradores em segurar a sombrinha pingando no metrô, um jovem advogado de Nova York criou um sistema de aluguel de guarda-chuvas, que terá 500 pontos espalhados por toda a cidade.

A caixa do projeto ‘brellaBox terá 48 sombrinhas disponíveis para serem locadas com cartão de crédito ou débito (a maquininha é acoplada à caixa mesmo) ou pelo celular, e servirá também para você depositar o guarda-chuva molhado, quando não for mais usar (veja o vídeo abaixo, em inglês).

John O’Connor, idealizador do projeto, defende que a vantagem desse sistema frente ao camelô da esquina, que vende sombrinhas a US$ 5, é a qualidade do produto –e a sustentabilidade do programa, já que não há “desperdício”.

“Guarda-chuvas que são comprados em promoção são descartáveis, as pessoas jogam fora. O ‘brellaBox oferece uma solução, dando um guarda-chuva na hora que as pessoas precisam, e um que elas não jogarão no lixo depois”, disse O’Connor para o “Wall Street Journal”.

O serviço custará US$ 2,50 por 12 horas, semelhante ao sistema de aluguel de bicicletas, já vigente em algumas cidades brasileiras. Quem quiser comprar o guarda-chuva, no entanto, também poderá fazê-lo, por US$ 15.

O’Connor pensa ainda em estabelecer uma mensalidade, para quem realmente não quer se preocupar em carregar sombrinhas pelo mês todo.

As caixas do projeto poderão ser encontradas pela cidade com um aplicativo para smartphone. Não está claro se será possível saber quantos guarda-chuvas estarão disponíveis em cada estação no momento –e ainda assim sempre será uma aposta arriscada, já que, em dia de chuva, dez minutos gastos até o local podem ser tempo suficiente para que acabe o estoque.

Os criadores só perderam um pouco o ‘timing’ do lançamento, previsto para o fim do mês ou o começo de junho. A chuva acabou chegando antes que as caixas –o que garantiu as vendas dos ambulantes por mais algumas semanas e lixeiras abarrotadas de sombrinhas viradas no fim do dia.

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O museu e sua segunda polêmica

Por nyposts
24/04/14 12:11

O Museu Nacional do 11 de Setembro ainda nem foi inaugurado em Nova York e já passa pela sua segunda polêmica.

Após as críticas aos valores que serão cobrados pela entrada (leia neste outro post), agora é o conteúdo de um vídeo, de menos de 7 minutos, que tem gerado problemas para os administradores do museu.

O filme “A Ascensão da Al Qaeda”, narrado pelo principal âncora da NBC News, Brian Williams, se propõe a explicar o contexto em que foram planejados os ataques do 11 de Setembro de 2001, que deixou 2.977 vítimas.

No entanto, ao definir terroristas como islamistas que assumiram a jihad como sua missão, acabou revoltando líderes muçulmanos em Nova York, que consideraram seu conteúdo extremamente ofensivo.

Para eles, o vídeo, exibido a grupos religiosos antes da abertura do museu, prevista para 21 de maio,  apresenta uma terminologia que difama toda a comunidade islâmica.

Um dos principais opositores, o xeque Mostafa Elazabawy, imã da mesquita Masjid Manhattan, chegou a renunciar ao seu posto no Conselho de Clérigos de Lower Manhattan, um fórum de diálogo interreligioso, depois que o museu se recusou a fazer alterações no vídeo.

“A exibição deste filme em seu estado atual ofenderia nossos fiéis muçulmanos locais, bem como qualquer visitante muçulmano”, disse o xeque em uma carta para o diretor do museu.

“Visitantes pouco refinados que não entendem a diferença entre a Al Qaeda e os muçulmanos podem sair com uma visão preconceituosa do Islã, levando ao antagonismo e até mesmo confronto com fiéis muçulmanos próximo ao local”, completou.

Segundo o presidente da organização responsável pelo museu, Joseph Daniels, desde o princípio, se teve a “responsabilidade de ser fiel aos fatos e objetivo”, “sem manchar qualquer religião quando se fala sobre grupos terroristas”.

A discussão evidencia o desafio que a cidade enfrenta até hoje em falar sobre os atentados sem atingir sua ampla comunidade muçulmana. Em 2010, houve um grande debate sobre a construção de uma mesquita próxima ao local onde ficavam as Torres Gêmeas.

Em setembro de 2011, apesar da forte oposição de moradores e de familiares das vítimas, um centro cultural islâmico foi inaugurado a duas quadras do World Trade Center. Em mais de dois anos de funcionamento, nenhum incidente foi registrado e o centro segue oferecendo seu espaço não só para atividades relacionadas ao Islã, mas para cursos e exposições. O lugar tem, inclusive, aulas de capoeira –numa prova de abertura extrema. Mas não se anime: os professores são americanos.

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