Aluga-se guarda-chuva em NY
30/04/14 10:14Depois da neve, vem a chuva. E os novaiorquinos já reclamam das previsões de seguidos dias cinzentos neste início de maio. Chuva acompanhada de frio e vento forte, que ameaça virar oito em cada dez guarda-chuvas circulando pela cidade.
Pensando nisso e na total impaciência dos moradores em segurar a sombrinha pingando no metrô, um jovem advogado de Nova York criou um sistema de aluguel de guarda-chuvas, que terá 500 pontos espalhados por toda a cidade.
A caixa do projeto ‘brellaBox terá 48 sombrinhas disponíveis para serem locadas com cartão de crédito ou débito (a maquininha é acoplada à caixa mesmo) ou pelo celular, e servirá também para você depositar o guarda-chuva molhado, quando não for mais usar (veja o vídeo abaixo, em inglês).
John O’Connor, idealizador do projeto, defende que a vantagem desse sistema frente ao camelô da esquina, que vende sombrinhas a US$ 5, é a qualidade do produto –e a sustentabilidade do programa, já que não há “desperdício”.
“Guarda-chuvas que são comprados em promoção são descartáveis, as pessoas jogam fora. O ‘brellaBox oferece uma solução, dando um guarda-chuva na hora que as pessoas precisam, e um que elas não jogarão no lixo depois”, disse O’Connor para o “Wall Street Journal”.
O serviço custará US$ 2,50 por 12 horas, semelhante ao sistema de aluguel de bicicletas, já vigente em algumas cidades brasileiras. Quem quiser comprar o guarda-chuva, no entanto, também poderá fazê-lo, por US$ 15.
O’Connor pensa ainda em estabelecer uma mensalidade, para quem realmente não quer se preocupar em carregar sombrinhas pelo mês todo.
As caixas do projeto poderão ser encontradas pela cidade com um aplicativo para smartphone. Não está claro se será possível saber quantos guarda-chuvas estarão disponíveis em cada estação no momento –e ainda assim sempre será uma aposta arriscada, já que, em dia de chuva, dez minutos gastos até o local podem ser tempo suficiente para que acabe o estoque.
Os criadores só perderam um pouco o ‘timing’ do lançamento, previsto para o fim do mês ou o começo de junho. A chuva acabou chegando antes que as caixas –o que garantiu as vendas dos ambulantes por mais algumas semanas e lixeiras abarrotadas de sombrinhas viradas no fim do dia.