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por Isabel Fleck

Perfil Isabel Fleck é correspondente em Nova York

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Sobre o medo do escuro e do novo

Por nyposts
30/12/13 02:52

No último sábado, dois jovens foram assaltados à mão armada no Central Park. Passava um pouco da meia-noite e eles não estavam numa das áreas mais desertas do parque: andavam pela via que o margeia pelo lado oeste, na altura da rua 64, a uma quadra do Lincoln Center.

Tiveram as carteiras e os celulares roubados e foram ameaçados de morte.

O caso ganhou certa importância nos jornais locais e me chamou a atenção, em especial, porque três dias antes eu me questionava sobre a segurança de estar andando num Central Park praticamente vazio às 18h de uma gélida véspera de Natal.

Na dúvida, saí do centro do parque rumo às vias laterais, que ficam mais movimentadas por conta das pistas de corrida e ciclovias. Só ali havia policiais circulando.

É fato que a cidade viu, sob a era Bloomberg, uma redução significativa da criminalidade –caiu quase um terço (32%) nos seus 12 anos de mandato. Os homicídios foram reduzidos praticamente pela metade (49%) desde 2001, segundo dados divulgados por seu escritório na última semana.

As pessoas se sentem, realmente, mais seguras em andar pelas ruas de madrugada.

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Central Park praticamente vazio numa gélida véspera de Natal (Isabel Fleck/Folhapress)

Para muitos, o novo prefeito, o democrata Bill De Blasio, eleito com uma agenda mais voltada para o combate à desigualdade social, pode botar tudo a perder.

Isso porque De Blasio, que assume na próxima quarta, defende uma tática menos imediatista para o problema da violência: quer confrontá-la no que classifica ser a origem dela. Ele ainda pretende reformular o “stop and frisk”, política de revistas nas ruas considerada discriminatória por ter negros e latinos como principais alvos.

Se o temor sobre De Blasio tiver como base, no entanto, apenas as mudanças que ele deve fazer no “stop and frisk”, dados de um relatório recente conduzido pelo procurador-geral de NY, Eric Schneiderman, podem servir como alento.

Segundo o levantamento sobre as 2,4 milhões de abordagens realizadas nas ruas entre 2009 e 2012, das 105 mil prisões que resultaram delas, apenas 0,1% terminaram em condenações por crimes violentos.

O “stop and frisk” não se mostrou, portanto, a ferramenta mais eficaz no controle da criminalidade.

Resta saber o que De Blasio pretende, na prática, colocar em seu lugar. Se voltarem a ocorrer com mais frequência, crimes como o deste fim de semana podem pressioná-lo a ter que dar esta resposta o quanto antes.

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